Pesquisar neste blogue

segunda-feira, maio 09, 2005

60 anos - II Guerra Mundial


Hoje, 9 de Maio de 2005 completam-se 60 anos do fim da II Guerra Mundial na Europa. A coligação antifascista, “os Aliados”, que se formou nos anos da Segunda Guerra Mundial congregando países tão diferentes pelos regimes políticos como a URSS, EUA, Grã-Bretanha e França, a ajuda económica e militar mútua tornaram possível a vitória comum e a derrota absoluta do fascismo europeu.

Só a União Soviética, perdeu nesta guerra 26,6 milhões de pessoas, ou seja, mais de metade de todas as perdas da II Guerra Mundial, avaliadas em 50 milhões de pessoas. Só nos territórios ocupados as tropas fascistas exterminaram mais 11 milhões de pessoas, dos quais 7 milhões de civis, tendo deportado para trabalhos forçados na Alemanha 5 269 513 pessoas, das quais 2 164 313 faleceram ou morreram no cativeiro, isto é, nos campos de concentração nazistas e nos trabalhos forçados.
A própria Alemanha sofreu também enormes perdas, tendo perdido 13 milhões de pessoas entre mortos, prisioneiros e desaparecidos. A Itália fascista perdeu cerca de 500 mil dos seus soldados. As maiores perdas entre os países ocupados sofreu a Polónia - 6 milhões de pessoas, a Jugoslávia - 1,7 milhões de pessoas. A França perdeu 600 mil pessoas. No que se refere à Inglaterra, que não chegou a ser ocupada pelas tropas hitlerianas, nem foi alvo de bombardeamentos regulares por parte da aviação e artilharia fascistas, perdeu 370 mil pessoas.
Na guerra, os Estados Unidos perderam 407 316 pessoas, tendo 671 846 ficado feridos e 78 751 desaparecido.
Na China foram mortos mais de 5 milhões de pessoas, no Japão dois milhões e meio, na sua maioria contingentes do Exército imperial. Mas foram também impressionantes as perdas entre a população civil, aproximando-se de 350 mil pessoas. A maior parte destas vítimas - ou seja, 270 mil - morreram em dois dias, a 6 e a 9 de Agosto de 1945, na sequência do ataque atómico a Hiroxima e Nagasaki.
O mundo todo foi tocado pelas destruições provocadas pela guerra total, e não somente a Europa. A destruição foi impressionante por ter sido sistemática, graças ao emprego de máquinas modernas. Apesar da vitória dos aliados e da destruição do nazi-fascismo, o mundo estava profundamente dividido. Os países tocados pela guerra tinham graves problemas de reconstrução econômica e de reorganização política. As oposições entre os aliados aprofundaram-se e culminaram, num conflito que, em todos os domínios – salvo o das armas -, assumiu o caráter de uma verdadeira guerra; é a Guerra Fria. Somente a ONU, nova organização internacional que substituiu a Liga das Nações, deixava a esperança de ver a paz triunfar.

Deixemos, porém, de falar das perdas e feridas ainda não cicatrizadas da Segunda Guerra Mundial, que fizeram a Humanidade andar para trás muitas dezenas de anos. Destaquemos os momentos positivos daquela guerra, que também os houve, as lições que a guerra nos deu. A principal é que o planeta pode resistir às ameaças globais só através da unidade de todas as forças progressivas, independentemente das orientações políticas e ideológicas.

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro Estrelinha:
os meus amigos (e vizinhos)russos dizem-me - e com razão - que não mais haverá uma tão grande comemoração do fim da GG como esta dos 60 anos. Porque nesta os soldados, embora velhotes, ainda lá estão para o grande concerto do jubileu. Depois, só a memória. E muito espantados estão eles, porque os nossos livros de História contam uma versão diferente do fim da GG da versão dos livros russos... Não lhes damos tanta importância.
Mas, na verdade, não há aqui mistério algum. Cada país vê a História a seu modo - um viking é um bárbaro pra um espanhol e um herói para um dinamarquês. :) :)
Abraços da Gata Preta!